(post sem spoilers)

Sou viciadíssima em filmes do Tim Burton. Mas concordo com a maioria das críticas, quando dizem que o senhor não faz bons filmes há algum tempo (tipo... desde 2009/2010?). Mas enfim, fã que é fã, vai ver os filmes e depois logo tira as suas conclusões.
E foi o que fiz com este último, Miss Peregrine's Home for Peculiar Children, baseado no livro de Ransom Rigg. Não li o livro, e confesso que ia com algum receio, porque as críticas que ouvi do livro eram de que tinha uma historiazinha interessante, mas o final não convencia.

Mas ainda bem que tirei as minhas conclusões depois de ver o filme.
Com este novo trabalho, posso dizer que voltámos a ter o louco e bizarro Tim Burton de volta: lugares estranhos, pessoas estranhas, com poderes especiais e ambientes fantásticos. Algumas cenas do filme fizeram-me recordar o Eduardo Mãos de Tesoura - que é só o meu filme preferido de Burton.

A história deste novo trabalho retrata a vida de um jovem, Jack (Asa Butterfield) que não convive muito com os pais nem com a sociedade no geral. Jack tornou-se então, muito próximo do avô, que lhe contava muitas vezes as histórias sobre um orfanato onde tinha crescido, onde habitavam crianças especiais. E quando o avô de Jack morre de uma forma estranha e inexplicável, o neto fica com um enigma por descobrir. Encontrar o lar de crianças (no País de Gales) e entender a relação que esse lar tem com a morte do seu avô. É então que Jack encontra a mansão da Miss Peregrine (Eva Green), que toma conta de crianças peculiares e que estão afastadas do mundo real por terem poderes estranhos (existe um menino invisível, uma menina com força de um gigante, um rapaz que tem abelhas dentro dele, etc.). Jack vai ser essencial para a protecção destas crianças, que sofrem uma terrível ameaça de Barron (Samuel L. Jackson) e dos seus companheiros "hollows", seres estranhos, com tentáculos e que comem olhos.


Gostei bastante do guarda roupa e fotografia do filme. Voltámos a ter aqueles ambientes escuros e estranhos que tanto caracterizam o Tim Burton. A escolha do elenco também foi bastante acertada. Adorei ver Eva Green no papel de Miss Peregrine. Se ainda fosse casado com Helena Bonham Carter, talvez a tivesse escolhido para este papel. Mas sinceramente, não retirava Green do elenco. A sua caracterização assentou-lhe que nem uma luva. Eu não gosto muito de filmes de super-heróis, e concordo quando Burton diz que este não é um filme desses onde crianças salvam o mundo, mas sim de humanos com particularidades diferentes, marginalizados pela sociedade dita "normal". E é isto que eu gosto de Burton, a fantasia e lado negro que lhe são tão característicos. Não há nenhum igual a ele, por mais críticas negativas que lhe façam.


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