Festival da Lua - 中秋節, 中秋节

quarta-feira, setembro 28, 2016





Em Macau, no décimo quinto dia do oitavo mês do calendário lunar (que calhou este ano no dia 15 de Setembro do calendário gregoriano), celebra-se o Festival da Lua, também conhecido como Mid-Autumn Festival.

O nome do Festival está relacionado com a crença dos antigos chineses de que o movimento da lua tinha uma estreita relação com as mudanças das estações do ano e com a produção agrícola. Assim, para agradecer, faziam oferendas à lua em dias de Outono.

Antes do festival as ruas de Macau são decoradas com lanternas coloridas e na noite do décimo quinto dia as famílias reúnem-se para jantar, oferecem uns aos outros bolos lunares e depois saem para contemplar a lua como manda a tradição.

O bolo lunar (em patuá "bolo bate-pau" por o método de confecção ser muito barulhento) é um bolo redondo ou rectangular feito tradicionalmente com uma massa de torta e com o interior de sementes de lótus ou pasta de feijão (recentemente surgiram bolos com novos recheios como café, chocolate, frutos secos, nozes, etc). Aqui em Macau também se coloca uma gema de ovo salgada no centro do recheio para simbolizar a lua cheia. Pode ser um bolo muito apreciado entre a comunidade chinesa mas eu acho-o extremamente pesado e com um recheio demasiado pastoso.

O bolo lunar é tradicionalmente acompanhado por chá de crisântemo, a flor que representa a saúde, prosperidade, felicidade e longevidade.

Muitas lendas são contadas em relação a este feriado. De acordo uma delas, na altura da dinastia Yang, foram colocadas mensagens secretas dentro dos bolos a convocar a população para um golpe político contra os mongóis que se tinham estabelecido na China desde a dinastia Yuan. Como as reuniões de grupos estavam proibidas era impossível fazer planos para uma revolução. Notando que os mongóis não comiam estes bolos, o conselheiro do líder dos rebeldes chineses teve a ideia de fazer coincidir a revolução com este Festival e distribuiu milhares de bolos lunares. Dentro de cada um havia uma mensagem para avançar contra os mongóis no décimo quinto dia da oitava lua. 

Este ano e para celebrar o festival, Carlos Marreiro criou uma lanterna dum coelhinho gigante com 18 metros de altura e insuflável, inspirada no pavilhão de Macau na Expo Xangai. A lanterna encontra-se na Promenade do One Central, junto ao Hotel Mandarim, onde estão também 20 outras lanternas mais pequenas de artistas locais.

No albergue da SCM, no Bairro de São Lázaro, foi também inaugurada a parte 7 da exposição de lanternas tradicionais e criativas. E pela primeira vez, no próximo ano em Outubro, as lanternas serão expostas em Lisboa.












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4 comentários

  1. Não fazia ideia da história! As fotos estão óptimas, mas o bolo não convence mesmo! Só mesmo o da Hageen Dasz é que é capaz de ser bom #agorda

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    1. A Haagen Dazs também já faz bolos lunares? ah ah ah. Não sabia!

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